quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Gente Como a Gente

Há vários caminhos até a montanha, todos levando para o mesmo lugar, de modo que não importa o caminho que você vai tomar. O único perdendo tempo é aquele que corre ao redor da montanha, apontando a todos que o caminho deste ou desta pessoa é errado."

Provérbio hindu.

Eu diante da maior estátua de Murugan do mundo.


Continuando o giro de apenas dois dias pela Malásia, Port Kelang foi o segundo e último porto a parar o MSC Splendida, pra conhecermos a capital da Malásia, Kuala Lumpur. O único jeito de sair desse porto era de táxi, que, dividindo entre seis pessoas, ficou em US$180 (R$720,00, ou seja, R$120,00 pra cada), incluindo a Batu Caves, que era o principal que havia para ver ali. Se não incluísse Batu Caves, o passeio ficaria em US$160, o taxista disse. Começamos por Batu Caves, logo cada pessoa pagou US$30,00 pro taxista. Que bom novamente que aceitou moeda estrangeira. O bom é que dólar americano e euro são aceitos em qualquer lugar do mundo praticamente. O trajeto até as cavernas levou quase uma hora. Logo que se chega a Batu Caves, claro que o que chama a atenção é a estátua grande de ouro de Murugan, deus filósofo guerreiro do hinduísmo. Pra chegar às cavernas, precisa subir não sei quantos degraus – é só lembrar que são MUITOS. Antes disso, cá embaixo, há um templo onde você precisa tirar os sapatos pra entrar, então deixamos nossos calçados bem perto da porta. Quando saímos, estavam todos espalhados e longe da porta, como se alguma pessoa tivesse mudados eles de lugar sem qualquer cuidado. Dentro, nada de anormal: apenas algumas pessoas acendendo velas para estátuas de vacas e ratos.

Visão do alto da escadaria.


Depois de subir toda a escadaria, há outros pequenos templos lá dentro das cavernas – sempre tire o sapato pra entrar. Aliás, quando eu entrei em Batu Caves que percebi que faz mais sentido traduzir cave como gruta e não como caverna. Pra mim, pelo menos, a palavra caverna tem uma sonoridade mais carregada de aventura e perigo do que gruta. E nesse lugar não havia escuridão, nem morcegos, nem pedras rolantes. Era um lugar mais contemplativo mesmo, e com macacos. Eu recomendo passar uma hora e meia no total nesse lugar. Nós ficamos uma hora e quinze porque o trato com o taxista foi de um passeio de seis horas, então não deu pra relaxar tanto assim no lugar, nem deu pra olhar as lojinhas. Na lanchonete, o preço da água de côco lá era R$6,00 e Fanta lichia custou R$3,00 e deu pra pagar em moedas e notas de dólar americano.



Os templos religiosos que vi na Malásia são muito coloridos e com muitas estátuas curiosas (pra quem é ocidental, pelo menos), que me deixavam em dúvida sobre quais seriam deuses e quais não. Como vi pessoas adorando estátuas até de ratos, suponho que tudo ali era deus mesmo. É uma sensação de confusão tão boa quando eu vejo costumes religiosos tão diferentes dos meus, mesmo que, de certa forma, me pareçam absurdos, como adorar uma estátua de vaca.

Interior da gruta Batu.

Torres Petronas são as maiores torres gêmeas do mundo. Precisa fazer um certo contorcionismo pra conseguir tirar uma foto onde as duas torres caibam. Mas os malásios já pensaram nisso e, pensando em solucionar os problemas dos queridos turistas, eles oferecem uma lente que custa US$10,00. Chorei até ele fazer por US$5,00. O resultado é realmente bom, mas só depois percebi ter sido um gasto desnecessário – era só ter colocado a câmera na função “panorama” e movimentar o celular na vertical, fazendo o panorama de baixo pra cima. Ali havia uma Kombi onde vendiam espetinho de peixe por R$2,00 e aproveitei pra almoçar. Estava super curioso pra continuar experimentando a comida desse país.

Torres Petronas.

A última parada foi Chinatown e foi um ótimo lugar pra se parar mesmo, porque ali meu paladar pôde conhecer um pouco mais da Malásia. Adorei um suco preto que até hoje não sei do quê era feito e podia era servido tanto quente quanto gelado. Comi uns salgadinhos de R$0,50 e uma fruta deliciosa chamada mangostin. O grupo combinou de passar uma hora ali, porque ainda havia o tempo de deslocamento de volta até Port Klang, pra de novo pegar o Splendida e seguir pro próximo destino, Singapura (ou Cingapura, como preferir).

Se alguém souber o nome 
desse suco, comenta.
Mangostin à esquerda.