“Batucando
pela alma de quem fala que não vai sair porque é caseiro, mas na verdade é
porque não tem dinheiro nem amigos.”
Autor desconhecido
Pôr-do-sol em Capão da Canoa-RS |
Um
dos lugares favoritos da maioria das pessoas pra se curtir umas férias é a
praia. Eu também acho esse um ótimo programa, desde que fora do Rio Grande do
Sul. Se você já conheceu as praias daqui mas também viu as de qualquer cidade litorânea brasileira de Santa Catarina
pra cima, tenho certeza de que concordará comigo que praia gaúcha é uma
catástrofe. A única que salva, mas também não chega a ser uma maraviiiilha, é
Torres, que só está no estado por um triz – a cidade fica bem na divisa com
Santa Catarina. Se quiser saber mais sobre ela, procure-a nos marcadores do
lado direito da página. Além de as águas gaúchas serem muito frias (o que não é
exatamente um problema nos meses de janeiro e fevereiro), o tempo é muito
imprevisível e o mar é cheio de areia. Tudo bem, daria até pra engolir isso se
o litoral fosse pelo menos bonito. Mas não é. No entanto, se você quiser, mesmo
assim, descansar nisso que aqui chamam de praia, uma ótima saída são os parques
aquáticos.
Só mesmo pra não dizer que não entrei na água. |
Conheci
o Marina Park em dezembro graças ao Groupon, que estava com uma oferta de
desconto nos ingressos. Um dia é o bastante pra aproveitar tudo o que o parque
tem a oferecer, e com calma, desde que você chegue antes do meio-dia, claro. O
Marina parece ser mais voltado pro público família. Todas as
piscinas são rasas e a temática da maioria das piscinas é infantil. Mas há dois
brinquedos bem radicais que não tem como qualquer adulto sair com a respiração
normal. Um é Boca da Serpente, um toboágua com pouca inclinação, cuja altura
corresponde a um prédio de sete andares. A sensação é quase a de uma queda
livre. Ao avistar todo o parque lá do alto, parece que você vai cometer suicídio. E, na
hora de descer, jamais abra os braços, ou pode sair com uma queimadura bem
chata, como aconteceu com minha amiga Ana Paula.
Ana e eu no Marina Park, em Capão da Canoa. |
O
outro que dá um medão é o Dragon Free, mas nem é por causa do bicho, que
assusta menos que o filho de Chucky. Imagine escorregar em praticamente 90
graus de inclinação numa boia, sentado com outra pessoa. A impressão ao descer
é de que a gente dará com a cara no chão. Fui quatro vezes, pensando que ia me
acostumar, mas não importava quantas vezes eu ia. O medo era igual ao da
primeira vez.
Quase enfartando nesse aí. |
Não
é permitido entrar com alimentos nem bebidas, mas dá pra entrar, é só ser
discreto com a bolsa e na hora de comer. Mesmo assim, a lanchonete tem muitas
opções de pasteis deliciosos e grandes, a R$10,00. No fim da tarde, é bom
relaxar nas piscinas térmicas do parque, que também possuem toboágua e bar.
Não tivemos medo de desobedecer às regras. |
Vale
a pena pagar R$70,00 no ingresso (adulto). Se encontrar uma oferta de site de
compra coletiva, como eu, melhor ainda. Mesmo assim, dá pra economizar
comprando pelo site do parque (www.marinapark-rs.com.br).
Lá, o ingresso adulto acaba saindo por R$50,00.
Seduzindo com a santa da capelinha do parque. |
Depois
desse dia bem cansativo, mas produtivo, Ana e eu voltamos pro hotel onde nos hospedamos, no centro de Capão da Canoa, a 120km de Porto Alegre. De táxi do parque até lá, a corrida deu R$30,00. O
Hotel Magia do Mar foi o que ofereceu hospedagem mais barata e ele abria um
pouco antes da alta temporada. Preço em conta, local bonito, limpo e com ótima
estrutura. No litoral gaúcho, vários hotéis não ficam abertos o ano todo porque
a praia só é tolerável no verão mesmo. Então, é comum andar pela cidade e ver
hotéis com cara de abandonados.
Uma
volta pela orla de Capão à noite só serviu pra jantarmos (outro pastelão frito,
na verdade). É meio deserto e não tem muita coisa acontecendo. Talvez até
melhorasse do fim do mês em diante. Pelo menos achamos uma loja bem curiosa pra
fotografarmos:
No
dia seguinte, visitamos outro parque aquático, com bilhete também comprado pelo
Groupon. O Ácqua Lokos é bem maior que o Marina e mais barato – R$60,00 na bilheteria
e R$42 pelo site. Mas nem por isso quer dizer que é o mais divertido. Isso
depende de com quem você vai, como está a temperatura e o tempo no dia. Na
minha opinião, o Ácqua combina mais com uma turma de amigos e o Marina, com
família. O Ácqua tem opção de brinquedos não-aquáticos também, como a maior
montanha russa de madeira da América Latina, tirolesa, passeio a cavalo,
passeio de trenzinho pelo hotel fazenda. Para alguns desses brinquedos, é
preciso pagar uma taxa à parte. Mas, se você tiver um dia só, o pacote incluso
no seu ingresso já atende bastante. Opção de coisa pra fazer não faltará. E tem
brinquedo que é tão legal que a gente quer repetir.
No
meio da tarde, na piscina de ondas (não se entusiasme, só tem onda no nome), acontece
um show de lambaeróbica com os mascotes Ácqua Lokos. Quem dança melhor ganha um brinde. Claro que eu fui o
premiado. O teatro dos bichinhos e a aula de dança é a única coisa que vale a
pena na piscina de “ondas”. Não entendi o porquê desse nome. Água com dengue
parece o Havaí perto dela.
O
inverno gaúcho é tão rigoroso que não há a menor condição de esses parques
abrirem no inverno, mesmo que eles tenham piscinas térmicas também. E é só no verão que eles abrem todos os dias. Em alguns meses, só abrem aos sábados
e domingos. Acesse também o www.acqualokos.com.br.
Dou uma dica que vale pros dois parques. Pra aproveitar mais o dia sem gastar
tanto tempo em fila de brinquedo, vá antes da alta temporada (que começa na
semana do Natal). Se não tiver como evitar, pelo menos evite o sábado e o
domingo, se é que você também gosta de sossego, como eu.
Na
Serra Gaúcha, em Farroupilha, há o Parque das Águas, uma versão mais light dos parques acima. Sem
radicalismos nem tanta opção de diversão, mas muito bom também de se passar o
dia. Por que eu fui? Porque o Groupon insistiu. A área térmica dele perde pros
outros, porque só tem piscina, sem toboágua ou qualquer outra coisa divertida.
O verão na serra é intenso, mas curto. O inverno prevalece. Como as belezas
naturais não têm opção de área térmica, talvez seja melhor aproveitar o breve
calorão pra um mergulho de cachoeira. Em Caxias do Sul, a Trilha dos
Dinossauros é cortada pelo rio Carapiaí. Esse é um ótimo programa pra quem
curte um pouco de aventura e natureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário